Efeito dominó pressiona crédito rural, aponta especialista
A análise destaca que o atual ambiente não se resume a problemas pontuais
A análise destaca que o atual ambiente não se resume a problemas pontuais - Foto: Pixabay
A crise no crédito rural expõe um movimento estrutural que se aprofundou ao longo dos últimos anos no agronegócio brasileiro. O consultor José Carlos de Lima Júnior analisa que a alta inadimplência, os juros acima de 15% e a falta de recursos na safra 2025/26 são efeitos de um processo mais amplo, com raízes econômicas, financeiras e institucionais.
A análise destaca que o atual ambiente não se resume a problemas pontuais de clima ou oscilação das taxas. Segundo o autor, trata-se de um fenômeno gradual, marcado por um “efeito dominó” ao longo da cadeia do agro, tema detalhado no Sumário Executivo citado no material base. Duas partes ganham relevância: a evolução da crise entre 2017 e novembro de 2025 e os impactos interligados na rede de valor do setor.
Nos últimos meses, aprofundei a investigação sobre as raízes e mecanismos da crise em curso no agro. E o que emerge é muito maior do que um problema pontual de clima ou taxa de juros. O contexto atual é apenas a face mais visível de um fenômeno gradual e sistêmico, com origens econômicas, financeiras e institucionais.
O consultor reforça que o clima apenas acelerou um quadro já crítico, sem papel central na formação da crise. A avaliação sugere atenção à interação entre mercados e instituições que sustentam o crédito rural no país, apontando para um diagnóstico que busca compreender a origem dos desequilíbrios hoje visíveis. “Ressalto que o clima não foi o grande responsável. No máximo, serviu como catalisador de um quadro já crítico”, conclui ele, em seu perfil na rede social LinkedIn.